quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos

A célula saudável está presa pelos programas genéticos do seu metabolismo, diferenciação e especialização a uma variação limitada de função e estrutura, pela repressão das células vizinhas e pela disponibilidade de substratos metabólicos. Todavia, ela é capaz de se adaptar a exigências fisiológicas, mantendo o estado de homeostasia ( aumento do número de células num órgão ou num tecido). Uma sequências de estresses severos pode causar um número elevado de adaptações celulares, causando novos estados de estabilidade que são alterados guardando a viabilidade da célula e modulando sua função, conforme a resposta a tais estímulos. Essa resposta adaptativa, pode ser hiperplasia, hipertrofia e atrofia.
Hiperplasia: Caracteriza-se pelo aumento no número de células de um órgão ou tecido, resultando normalmente no aumento do seu volume. Ocorre se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose. A hiperplasia é dividida em dois campos de estudo: hiperplasia fisiológica e hiperplasia patológica. A hiperplasia fisiológica é mediada por níveis hormonais. Ex: mama, útero na gravidez e aumento do endométrio após a menstruação.

Hiperplasia patológica: A maioria das formas desse tipo de hiperplasia tem causa na estimulação excessiva de celulas-alvo por hormônios. Frequentemente pode ocorrer no endométrio, na gengiva, na próstata.

Hipertrofia: Na hipertrofia, acontece um aumento no tamanho da célula, resultando em um aumento no tamanho do órgão. O órgão hipertrofiado não tem nenhuma célula nova, simplesmente células maiores. Nos casos de hipertrofia ocorre um aumento no volume celular, sem que ocorra divisão celular, difirenciando-se assim, da hiperplasia.O mais conhecido exemplo de hipertrofia, além da muscular é a hipertrofia do miocárdio, quando há sobrecarga do coração por aumento da pressão ou do volume do sangue, a parede cardíaca sofre hipertrofia.

Atrofia: Ocorre atrofia quando há determinada perda de substância celular resultando na diminuição do tamanho da célula. Representa uma forma de resposta de adaptação e pode desencadear a morte celular. Pode ser fisiológica ou patológica. Nos casos fisiológicos acontece logo nos primeiros anos do desenvolvimento. A atrofia patologica tem como causas mais comuns a diminuição da carga de algum membro (casos de repouso absoluto, que podem ser reversiveis com exercicios ou podem levar a osteoporose), a perda da inervação atráves de lesão nos nervos ou diminuição do suprimento sanguíneo de um tecido (isquemia).

                         



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