sábado, 21 de agosto de 2010

Apoptose X Necrose

Apoptose e Necrose são tipos de morte celular e na maioria das vezes, estudadas juntas mas, necrose e apoptose, têm o mesmo processo de morte celular?

Apoptose é a morte celular desencadeada por vários tipos de mecanismos visando eliminar células desnecessárias, excessivas, ou não desejáveis pelo organismo.


Necrose é a morte celular que ocorre após lesão tissular extensa, devido a agentes químicos e físicos, que promove rápido colapso da homeostase interna. É acompanhada de lise da membrana celular e das endomembranas com liberação de restos da célula para a MEC .Isto promove inflamação.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lesões celulares reversíveis e irreversíveis

Como já foi falado antes, as lesões celulares acontecem quando as células foram expostas a um estresse tão severo que perdema  capacidade de se adaptar. Essa lesão pode progredir para um estágio reversível ou acabar em morte celular.
Lesões Reversíveis: Permitem que a célula lesada, após a retirada do agressor, volte a ter aspecto e funções normais. As formas das lesões reversíveis dependem do tpo, da duração e da intensidade das agressões, do tipo de célula lesada e do seu estado metabólico. Os dois principais tipos de lesão celular reversível são o edema e a esteatose.
Edema: Aumento do fluxo intersticial, provocando inchaço. É constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja exata composição varia com a causa do edema. O equilibrio do fluido intersticial é determinado pelo equilíbrio da homeostase de fluidos.O edema ocorre devido a cinco causas patológicas: pressão hidrostática elevada, pressão oncótica reduzida, obstrução linfática, retenção de sódio ou inflamação. O equilibrio entre a pressão oncótica e hidrostática torna normal a geração do fluido intersticial. Sendo assim, qualquer coisa que eleve a pressão oncótica fora dos vasos sanguíneos, como a inflamação ou baixe a pressão oncótica, como a cirrose, causará edema.
Existem três tipos de endema:
Edema comum: Constituído de água e sal, quase sempre localizado.

Linfedema: Tem a formação no acúmulo de linfa. Nesses casos, os canais linfáticos estão obstruídos ou foram destruídos, como nas retiradas de gânglios na cirurgia de câncer do seio.


 Mixedema:  Tem características especiais: é duro e com aspecto da pele opaca, ocorrendo nos casos de hipotireoidismo. No mixedema, além da água e sais, há acúmulo de proteínas especiais produzidas no hipotireoidismo.

Esteatose: Também chamado de degeneração gordurosa é o acúmulo de lipídeos no citoplasma de células parenquimatosas, hepatócitos e fibras do miocárdio. Normalmente não são evidenciados histologicamente lipideos mas, nos casos de esteatose os lipídeos formam vacúolos nas células. A maioria dos casos de estatose se dá no fígado, por este órgão ser diretamente relacionado ao metabolismo lipídico.



Lesões Irreversíveis: Ocorre quando o estímulo agressor é muito prolongado e intenso e culmina a na morte celular. Como os sistemas celulares são interligados, qualquer que seja o ponto inicial da lesão celular, normalmente com o passar do tempo, todos os sistemas das células serão atingidos. Entre s sistemas mais vulneráveis, destacam-se quatro:
  • Membranas: Estas tem a integridade diretamente ligada ao controle de substâncias que entram e saem das células.
  • Respiração Aeróbica: Desta, dependem os sistemas que utilizam energia (membranas).
  • Síntese Proteica: Produz proteinas estruturais, proteinas e outras.
  • Aparato genético da célula: Importante para a manutenção da síntese proteica.
Existem dois tipos de Morte Celular:
Necrose: Manifestação final de uma célula que sofreu lesão irreversível. As células que sofreram ncrose são incapazes de manter a integridade da membrana. Os fatores relacionados a agressões que venham a ocasionar necrose podem ser físicos,quimicos ou biológicos. Os principais tipos de necrose são:
Necrose Isquêmica: Ocorre quando há uma isquemia do tecido.É determinada pela desnaturação das proteinas celulares que acontece com a diminuição do Ph, durante o processo de isquemia. O citoplasma após a isquemia torna-se eosinófilico, as enzimas são desnaturadas e a arquitetura das céulas é mantida até a remoção dese tecido por leucócitos.
Necrose gangrenosa: É um tipo de necrose isquêmica que acontece na extremidade dos membros que perderamo suprimento sanguíneo. Quando esse tipo de necrose acontece juntamente com a infecção por uma bactéria é modificada pela liquefação, tornando-se uma gangrena úmida.
Necrose Gordurosa:  Ocorre semre que há um extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, gerando uma liquefação de adipocitos e quebra das ligações estericas de triglicerides, liberando ácidos graxos que formam uma reação de saponificação ( ácidos graxos combinados com íons Ca++ cercado por reação inflamatória) formando áreas esbranquiçadas no tecido adiposo.

Apoptose:  Processo essencial para a manutenção do desenvolvimento dos seres vivos, sendo importante para eliminar células supérfluas ou defeituosas. Durante a apoptose, a célula sofre alterações morfológicas características desse tipo de morte celular. Tais alterações incluem a retração da célula, perda de aderência com a matriz extracelular e células vizinhas, condensação da cromatina, fragmentação internucleossômica do DNA e formação dos corpos apoptóticos.é um dos participantes ativos da homeostase no controle do equilíbrio entre a taxa de proliferação e degeneração com morte das células, ajudando na manutenção do tamanho dos tecidos e órgãos. 


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos

A célula saudável está presa pelos programas genéticos do seu metabolismo, diferenciação e especialização a uma variação limitada de função e estrutura, pela repressão das células vizinhas e pela disponibilidade de substratos metabólicos. Todavia, ela é capaz de se adaptar a exigências fisiológicas, mantendo o estado de homeostasia ( aumento do número de células num órgão ou num tecido). Uma sequências de estresses severos pode causar um número elevado de adaptações celulares, causando novos estados de estabilidade que são alterados guardando a viabilidade da célula e modulando sua função, conforme a resposta a tais estímulos. Essa resposta adaptativa, pode ser hiperplasia, hipertrofia e atrofia.
Hiperplasia: Caracteriza-se pelo aumento no número de células de um órgão ou tecido, resultando normalmente no aumento do seu volume. Ocorre se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose. A hiperplasia é dividida em dois campos de estudo: hiperplasia fisiológica e hiperplasia patológica. A hiperplasia fisiológica é mediada por níveis hormonais. Ex: mama, útero na gravidez e aumento do endométrio após a menstruação.

Hiperplasia patológica: A maioria das formas desse tipo de hiperplasia tem causa na estimulação excessiva de celulas-alvo por hormônios. Frequentemente pode ocorrer no endométrio, na gengiva, na próstata.

Hipertrofia: Na hipertrofia, acontece um aumento no tamanho da célula, resultando em um aumento no tamanho do órgão. O órgão hipertrofiado não tem nenhuma célula nova, simplesmente células maiores. Nos casos de hipertrofia ocorre um aumento no volume celular, sem que ocorra divisão celular, difirenciando-se assim, da hiperplasia.O mais conhecido exemplo de hipertrofia, além da muscular é a hipertrofia do miocárdio, quando há sobrecarga do coração por aumento da pressão ou do volume do sangue, a parede cardíaca sofre hipertrofia.

Atrofia: Ocorre atrofia quando há determinada perda de substância celular resultando na diminuição do tamanho da célula. Representa uma forma de resposta de adaptação e pode desencadear a morte celular. Pode ser fisiológica ou patológica. Nos casos fisiológicos acontece logo nos primeiros anos do desenvolvimento. A atrofia patologica tem como causas mais comuns a diminuição da carga de algum membro (casos de repouso absoluto, que podem ser reversiveis com exercicios ou podem levar a osteoporose), a perda da inervação atráves de lesão nos nervos ou diminuição do suprimento sanguíneo de um tecido (isquemia).

                         



O que é PATOLOGIA?

PATO : sofrimento  LOGIA : estudo


A patologia estuda as alterações produzidas no organismo (órgãos, tecidos e sistemas) que resultam na doença, os locais onde estas alterações ocorrem, as causas dos sinais manifestados e ainda a assistência clínica. Por ter este significado, muitas vezes o termo patologia é também usada como sinônimo de doença, o que não é correto.
Toda doença tem causas e mecanismos que produzem alterações moleculares nos tecidos, e alterações no organismo produzindo sinais e sintomas, que são englobados nos quatro ramos da patologia que são:
Causa:  Existem dois fatores que podem causar a doença: genéticos ou adquiridos. As causas genéticas estão diretamente ligadas a fatores ambientais, já as causas adquiridas estão relacionadas a qualidade de vida.
Patogenia: Continuidade de eventosna resposta das células dos agentes etiológicos a partir do estímulo inicial até a expressão da doença.
Alterações Morfológicas: Alte.rações estruturais nas células que são características da doença e que levam ao diagnóstico do processo etiológico. A patologia diagnóstica  se dedica a natureza e a progressão das doenças por meio do estudo de alterações morfológicas nos tecidos e de alterações químicas no paciente.
Manifestações Clínicas: As alterações morfológicas e suas alterações nos diversos órgãos ou tecidos, determina os sinais e sintomas de uma determinada doença. São as manifestações clínicas que podem ser visualizadas microscopicamente.